Sofi sempre gostou e gosta muito de trabalhar. Ao ponto de pular refeições ou negligenciar suas próprias necessidades em prol da finalização de uma tarefa.
Sempre ouviu desde pequena que: “O trabalho dignifica o homem!” “Quer ser alguém na vida: trabalhe duro!”
Então criou a seguinte associação: “Se eu trabalhar bastante, serei percebida como alguém que se dedica, é esforçada e comprometida. Serei amada!”
Sofi percebia dessa forma o trabalho, independente do retorno financeiro que obtinha.
Assim seguiu a vida, sentindo que precisava dar conta de tudo e de todos.
Começou a trabalhar e ter muitas responsabilidades muito jovem e sempre focou a sua atenção ao trabalho.
Abdicou de vários momentos com a família, mas principalmente abdicou de vários momentos consigo mesma.
Com o passar dos anos, desaprendeu a descansar e começou a ver pequenas pausas como perda de tempo.
Nesse ritmo, Sofi começou a sentir que parecia que estava carregando o mundo nas costas.
A cada novo dia acordava mais e mais cansada, preocupada, irritada. Não se reconhecia mais. A clareza sobre o caminho que estava percorrendo, sumiu.
Em meio aos desafios que estava vivendo, procurou ajuda e descobriu que precisava se reconciliar consigo mesma.
Também percebeu que era importante reaprender a descansar.
Mas como fazer isso se seu sono era agitado e sua mente não parava? Portanto seu corpo físico não experimentava o repouso reparador, até mesmo curativo.
Diante desse novo desafio, Sofi pensou e determinou: Se eu consegui aprender de forma equivocada que não tenho permissão para parar, vou conseguir reaprender a descansar, uma vez que é o meu estado natural e de direito.
O primeiro aprendizado foi para a mente, quando tomou consciência que a pausa é necessária e fundamental. Que merece descansar.
O segundo aprendizado da Sofi é que além de merecedora do descanso físico, é merecedora do descanso mental, emocional e social.
E você, tem se permitido descansar?