Mãe, mamis, mamita, mamãe, mãe coruja, mãe grudenta, mãe sem tempo, mãe presente e mãe ausente, minha deusa, meu porto seguro, minha fortaleza, independe de como você sinta ou perceba sua mãe no momento em que estiver lendo esse post, lembre-se que esse percurso foi construído até aqui, com seus altos e baixos.
Com certeza você já sentiu raiva da sua mãe e tudo bem. Com certeza você já sentiu vergonha dela e tudo bem. Com certeza teve momentos que você não gostou de suas palavras ou suas ações e tudo bem. E em algum momento ela pode ter ferido o seu coração e tudo bem.
Muitas pessoas aprenderam que é pecado sentir raiva da mãe, então passaram a sentir raiva de si mesmos quando foram tocados pela dor dessa relação que é divina e humana ao mesmo tempo.
Para o racional da maioria das pessoas só é possível amar ou odiar sua mãe. Amar se ela cuidou de você, independe de como e odiar se ela abandonou você. Em ambas as situações, estar em uma só polaridade indica desequilíbrio na relação, porque essa relação, assim como outras é dual, tem pontos positivos assim como os negativos.
Olhar para nossa mãe com maturidade, na postura de adulto pode soar impróprio e um sinal de desrespeito ao papel tão importante e fundamental, que é o papel divino e humano de ser mãe, mas a verdade é essa: mães são tão humanas como nós e também erram.
Ao compreender a verdadeira natureza dessa função, você tem permissão para resignificar uma dor, um trama, ou várias dores e traumas que estão dentro de você gritando para serem olhados. E como se cura uma dor? Olhando para ela, permitindo senti-la, aprendendo o que precisa ser aprendido e depois deixando-a ir embora. Esta tudo bem se em alguns momentos você estiver chateado com sua mãe, olhe para isso!
Enquanto você não tem coragem ou autorização para olhar essa relação de mãe e filho, que é divina e humana do ponto de vista de uma relação dual, você fica preso em uma das extremidades dessa polaridade, sem permissão para transitar ora em um ponto, ora em outro, seguindo o fluxo natural da vida.
Desenvolver uma relação madura e adulta com o papel divino e humano da sua mãe, ela estando ou não estando por aqui, permite você caminhar pela vida com autonomia, leveza e em paz com seu coração e suas emoções. Seu corpo e seus sentimentos agradecem.
Eu honro, agradeço, respeito e reverencio a minha mãe, as minhas ancestrais e sei que tenho autorização para seguir pela vida com meu coração ora inteiro, ora partido e em processo constante de cura e libertação, porque a vida é dual e eu fiz as pazes com isso.
Eu te amo mãe, mas admito que já tive raiva de você e está tudo bem!
Eu te admiro mãe, mas admito que você já me decepcionou e está tudo bem!
Eu te admiro mãe, mas compreendo que você é humana e também erra e está tudo bem!
Eu sigo seus exemplos mãe e deixo ir embora os exemplos que não foram bons e está tudo bem!
Eu te vejo mãe, como ser divino e mulher. Eu te vejo na sua dualidade e respeito você!
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